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Michael Saylor – a incrível história do gigachad do Bitcoin

Michael J. Saylor, nascido em 4 de fevereiro de 1965, é uma figura proeminente no mundo dos negócios e um dos mais fervorosos defensores do Bitcoin. Ele é co-fundador da MicroStrategy, uma empresa que revolucionou o mercado de inteligência empresarial e soluções em nuvem. 

Saylor não é apenas um executivo comum, pois sob sua liderança, de 1989 a 2022, a MicroStrategy se tornou uma gigante no setor. Saylor então passou de um empresário inovador para um verdadeiro magnata da tecnologia.

Sob a sua liderança, a MicroStrategy se tornou a maior detentora corporativa de bitcoin, acumulando centenas de milhares de moedas.

Saylor também se destaca como inventor, com mais de 48 patentes em seu nome, e como autor de The Mobile Wave, um livro que explora o impacto da tecnologia móvel na economia global. 

Além de seus empreendimentos na MicroStrategy, ele fundou a Alarm.com e criou a Saylor Academy, uma organização sem fins lucrativos que oferece cursos gratuitos, que já beneficiaram mais de 2 milhões de alunos globalmente.

Primeiros passos na carreira

Michael Saylor teve uma infância marcada por mudanças frequentes devido à carreira militar de seu pai, sargento-chefe da Força Aérea dos EUA. Com uma bolsa integral do Corpo de Treinamento de Oficiais da Reserva da Força Aérea, Saylor ingressou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), onde fez parte da fraternidade Theta Delta Chi. 

Saylor se formou com duplas graduações em Aeronáutica e Astronáutica, além de Ciência, Tecnologia e Sociedade, campos que ajudaram a moldar sua visão de negócios.

Após isso, ele iniciou sua trajetória profissional na consultoria, especializando-se em simulações computacionais para auxiliar grandes empresas, como DuPont, Dow e Exxon, na tomada de decisões estratégicas.

Fundação da MicroStrategy

Em 1989, com um fundo inicial fornecido pela DuPont e o apoio de seu amigo e colega do MIT, Sanju Bansal, Michael Saylor lançou a MicroStrategy. A empresa tinha como plano criar soluções de software para transformar o mar de dados em informações acionáveis. 

A ideia era simples, e tinha como intuito ajudar as empresas a ler melhor os dados e tomar decisões mais inteligentes.

Nos anos 90, a MicroStrategy já estava no radar de grandes corporações, e, em 1992, um contrato milionário com o McDonald’s fez a empresa dar um salto. 

A parceria envolvia a criação de ferramentas para avaliar o desempenho de promoções. Essa colaboração foi um marco, mostrando a Saylor que seu software poderia se tornar essencial para as empresas que queriam transformar dados em insights valiosos.

Mesmo durante a bolha PontoCom, quando muitas empresas sucumbiram, a visão de longo prazo de Saylor manteve a MicroStrategy firme. A empresa abriu capital em 1998.

Sob sua liderança, a MicroStrategy se consolidou como uma referência em análise e mobilidade empresarial, provando que o poder dos dados bem analisados poderia transformar o futuro dos negócios.

Michael Saylor e o Bitcoin

Em 2013, Michael Saylor era nada menos que um difamador público do Bitcoin, chegando a tuitar que sua contagem regressiva já estava em andamento. No entanto, anos depois, o mundo vivenciava uma reviravolta que também mexeria com a perspectiva de Saylor.

O executivo afirmou em 2013:

“Os dias do Bitcoin estão contados. Parece apenas uma questão de tempo até que sofra o mesmo destino do jogo online.”

Durante a pandemia de 2020, entre reflexões sobre o valor do dinheiro e longas conversas com o amigo Eric Weiss, CEO do Blockchain Investment Group, ele passou a ver o Bitcoin como mais do que uma moda passageira. Saylor entendeu que o Bitcoin poderia até mesmo ultrapassar o dólar americano.

Quando os governos começaram a injetar estímulos econômicos, Saylor viu ali um prenúncio da alta inflação. Saylor então começou a estudar mais a fundo o Bitcoin, intrigado com seu modelo de escassez e descentralização. 

E em suas próprias palavras, Saylor passou de curioso a um bitcoiner, chegando a descrever o ativo como ouro digital e a forma mais forte de dinheiro já inventada.

A MicroStrategy e o Bitcoin: A Estratégia de Acumulação

A jornada da MicroStrategy no Bitcoin começou com uma aposta ousada, levando a empresa a se tornar a maior detentora corporativa da principal criptomoeda. Em agosto de 2020, sob a liderança de Saylor, a empresa alocou seus primeiros US$ 250 milhões para comprar 21.454 bitcoins, quando o valor da criptomoeda estava por volta de US$ 11.000.

Em um ano, a estratégia parecia ter dado muito certo, pois o preço do bitcoin subiu para um pico de cerca de US$ 64.000, levando a uma valorização exponencial do investimento inicial.

O entusiasmo inicial foi seguido por uma fase de volatilidade intensa. No final de 2022, o preço do bitcoin despencou para cerca de US$ 16.000. Mesmo assim, Saylor permaneceu firme, continuando a acumular a criptomoeda em várias rodadas de compra. 

A grande maioria dos bitcoins da MicroStrategy foi adquirida em dívidas tomadas no mercado acionário.

Leia mais: Michael Saylor faz discurso histórico na Bitcoin 2024

Até setembro de 2024, a MicroStrategy já havia aumentado sua participação para impressionantes 252.220 bitcoins, adquiridos com um custo total de cerca de US$ 9,9 bilhões a um preço médio de US$ 39.266 por bitcoin. 

Essa estratégia de acumulação transformou a MicroStrategy em uma verdadeira baleia do Bitcoin. Isso sinalizou a convicção de Saylor na capacidade do ativo de servir como um hedge contra a inflação e uma reserva de valor de longo prazo.

Previsão de preço de Saylor para o Bitcoin

Em 2024, no evento Bitcoin Conference em Nashville, Saylor fez uma previsão de preço para a criptomoeda. Segundo o executivo, o bitcoin deveria alcançar a faixa de US$ 13 milhões até 2045. 

“Aqui está minha previsão macro para o Bitcoin. São 21 anos, indo até 2024 […] O bitcoin chegará a US$ 30 milhões por moeda em 2045. Pode ser US$ 3 milhões no caso pessimista ou US$ 49 milhões no otimista, atingindo 7% do valor dos ativos mundiais.”

Isso reflete sua convicção de que o Bitcoin terá um papel central na economia do futuro. Sua influência no mercado de criptoativos e sua visão de longo prazo para o Bitcoin tornaram-no um dos principais nomes na defesa de uma economia digital descentralizada.

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