Funcionário do Banco do Brasil é preso por aplicar golpe milionário em idosos e investir em Bitcoin

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu em 10 de setembro de 2025 um funcionário do Banco do Brasil identificado como Andrey Rottini, acusado de aplicar golpes em correntistas idosos com prejuízos que podem alcançar R$ 1 milhão.
Investigações apontam que ele teria usado os recursos obtidos fraudulentamente para comprar Bitcoin.
O esquema, conforme apurado, envolvia atrair vítimas a agências bancárias com a promessa de liberar empréstimos negados. O suspeito clonava cartões de crédito, utilizava-os em restaurantes e hotéis de luxo em cidades como Gramado e Canela e também abria contas em nome de vítimas para receber valores oriundos de fraudes, que depois eram transferidos ou sacados.
Em 2022 ele teria comprado mais de R$ 400 mil em Bitcoin com o dinheiro dos golpes. Considerando a valorização das criptomoedas desde então, o montante atual pode ultrapassar R$ 1 milhão. Há indícios de que os ativos digitais foram adquiridos com os rendimentos dos crimes.
Também consta que Andrey Rottini alugava imóveis fraudulentamente usando documentos de terceiros, administrava uma loja de móveis e já trabalhava em bancos antes de se tornar funcionário do Banco do Brasil. Ele é investigado por estelionato qualificado.
A Justiça decretou sua prisão preventiva, bloqueio de contas bancárias e bens. Até a quarta-feira (10), ao menos 32 clientes haviam registrado queixa formal contra ele.