Análise do Bitcoin (BTC) – A calmaria depois da tempestade
Após o ciclo de alta iniciado em setembro de 2020 até novembro de 2021, impulsionado por mais um halving –evento que reduz pela metade a emissão de novas moedas–, o Bitcoin passou recentemente por uma nova correção.
O criptoativo chegou a buscar os US$ 25 mil, valor observado somente em dezembro de 2020. Os principais analistas agora divergem se o ciclo de alta dessa era do Bitcoin já acabou ou se veremos uma nova máxima histórica.
Observe os padrões de crescimento e contração do BTC ao longo dos seus 12 anos:
Alguns padrões podem ser observados para compreender e tentar antecipar o movimento do mercado.
Há cerca de 1 ano o preço do BTC segue lateralizado desde que atingiu os US$ 64 mil em abril de 2021, e segue em leve tendência de queda desde então. Olhando para o passado, as correções mais duras do criptoativo após o bull market duraram pouco mais de 1 ano e meio, até que a força compradora superasse a força vendedora e o mercado voltasse a subir.
Expurgada as mãos fracas, o ciclo de alta posterior tende a ter duração semelhante, com o preço fazendo movimentos cíclicos a cada 4 anos sincronizados com o halving.
Outro ponto a ser observado é que após momentos de baixa volatilidade, o preço tende a explodir ou contrair de maneira abrupta. Isto pode ser bem observado por meio das Bandas de Bollinger, um indicador ligado diretamente à volatilidade.
Melhoria nos fundamentos
Como destacou recentemente Arthur Hayes –CEO da Bitmex–, a análise técnica só é relevante se levada em consideração em conjunto com os fundamentos.
Apesar do cenário de baixa do mercado há alguns meses, os fundamentos do protocolo e da rede BTC seguem melhorando diariamente. Confira uma lista dos acontecimento importantes para o ecossistema:
- Alta histórica do hashrate
- Adoção institucional (ex: República Centro-Africana e Nubank)
- Atualização Taproot
- Consenso da rede intacto
- Saída de bitcoin das exchanges
Fazendo preço médio e se posicionando
Devido ao preço estar cerca de 50% abaixo da sua máxima histórica e estar abaixo de indicadores importantes, como o Stock-to-Flow (S2F), esta certamente é uma ótima oportunidade para os investidores que estão pensando em longo prazo, em um período superior a 2 anos.
Para os traders que estão dispostos a assumir mais riscos, alavancar após o mercado passar por fortes correções se mostrou como uma estratégia de altíssimo rendimento nos últimos anos. No entanto, devido a ainda alta volatilidade do BTC, empréstimos com chamada de margem ou vencimento muito curto podem ser uma péssima opção em caso de um dump repentino.
Para fundamentalistas e analistas técnicos, este é um momento muito interessante para liberar liquidez em moeda fiduciária a apostar na maior rede monetária descentralizada do mundo pensando no médio a longo prazo.
Mas apesar de muitos analistas estarem pessimistas com uma nova alta histórica do BTC antes de 2025, estou particularmente otimista de que veremos uma nova máxima histórica em 2022 ou 2023 que possa alinhar o preço com o S2F. Os fundamentos sobem enquanto o preço cai. É só questão de tempo para o mercado precificar o criptoativo corretamente.