R$ 400 milhões em BTC e bens do “Faraó do Bitcoin” podem ir para o governo
A juíza Rosália Moneiro Figueira, titular da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, encarregada pela Operação Kriptos, está considerando que criptoativos e bens de Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó do Bitcoin”, podem ir para a União, ao invés de servir para o ressarcimento das vítimas do suposto esquema, que permanece em investigação.
Cerca de US$ 400 milhões em bens e criptoativos foram apreendidos na operação de Glaidson e sócios da GAS Consultoria, como relata o jornal O Globo. Segundo argumenta a juíza, a falta de certeza sobre a origem dos fundos é o que está baseando a decisão.
Na ocasião da apreensão dos bens de Glaidson, 591 bitcoins e carros de luxo foram encontrados sob a posse do ex-garçom, avaliados em mais de US$ 13 milhões.
Segundo dados da investigação, os credores da operação podem chegar a 200 mil pessoas envolvidas com a empresa, que não se tem certeza se trata-se de um esquema de pirâmide.
Prazo para esclarecimentos
A Justiça do Rio de Janeiro determinou que a empresa possui até o prazo de 30 de junho para informar a sua lista de clientes, o montante devido, bem como os recursos em caixa para ressarcir os envolvidos.
Glaidson permanece preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, há 8 meses, e é investigado por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de dinheiro e tentativa de homicídio.
A esposa de Glaidson, Mirelis Zerpa, além de outros envolvidos, permanecem foragidos. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou uma série de Habeas Corpus à Glaidson, devido ao risco de fuga do próprio.