O Pix é o futuro do dinheiro é superior ao Bitcoin, afirma Nobel de Economia

Paul Krugman, vencedor do Nobel de Economia em 2008, publicou em 22 de julho um texto elogiando o Pix e criticando as criptomoedas por não cumprirem as promessas feitas. Para ele, o sistema brasileiro está entregando aquilo que as criptomoedas prometeram, mas falharam em realizar.
Krugman, conhecido por suas duras críticas ao mercado cripto, chegou a afirmar em 2022 que o fim do Bitcoin estava próximo. Apesar da valorização de 600% desde então, ele mantém sua postura crítica.
Sobre o cenário brasileiro e americano, Krugman afirmou:
“Não posso deixar de notar que o Pix está realmente alcançando aquilo que os entusiastas das criptomoedas afirmavam, falsamente, ser possível entregar através da blockchain, baixos custos de transação e inclusão financeira.”
Ele também destacou que, enquanto 93% dos brasileiros usam o Pix, apenas 2% dos americanos usaram criptomoedas para pagamentos em 2024.
Krugman ainda afirmou:
“Ah, e usar o Pix não cria incentivo para sequestrar pessoas e torturá-las até que entreguem suas chaves de criptomoedas”, fazendo referência aos crimes contra investidores em criptomoedas.
Sobre o tempo de liquidação e custos, o economista observou que as transações via Pix são concluídas em cerca de três segundos e sem custos para o pagador, o que representa uma economia significativa em relação aos cartões.
Em relação à moeda digital do banco central (CBDC), Krugman criticou o governo dos EUA por bloquear seu desenvolvimento, mencionando o Genius Act, assinado em 18 de julho, que limita estudos e criação dessa tecnologia.
Ele explicou:
“O que os republicanos realmente temem, com razão, é a possibilidade de que muitas pessoas prefiram uma CBDC a contas bancárias privadas e stablecoins. E, em geral, qualquer tentativa de criar uma CBDC completa enfrentaria forte oposição da indústria financeira.”
“Poderíamos manter as contas bancárias privadas, mas fornecer um sistema eficiente e público para fazer pagamentos a partir dessas contas? Sim, poderíamos. Sabemos disso porque o Brasil já fez isso.”
Sobre os sistemas americanos, ele citou o Zelle, afirmando que “o Pix é muito mais fácil de usar.”