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Seis projetos de mineração de Bitcoin com energia renovável estão em negociação no Brasil

O Brasil está atraindo mineradoras de criptomoedas interessadas em aproveitar o excedente de energia limpa do país, estimado como desperdiçado em até 70% em algumas usinas, para instalar operações de mineração sustentáveis. Ao menos seis empresas já negociam com geradoras brasileiras, com uma proposta de grande escala vislumbrando 400 megawatts (MW)

Entre os projetos mais avançados está o da Renova Energia, que investirá US$ 200 milhões em uma instalação de 100 MW no estado da Bahia. O empreendimento contará com seis data centers abastecidos por parque eólico já em operação.

Outras companhias também estão avaliando oportunidades. A empresa cazaque Enegix estuda projetos no Nordeste, especialmente com energia solar e eólica no Piauí. A mineradora Penguin, com sede no Paraguai, e a chinesa Bitmain também manteriam acordos em análise para atuar no Brasil.

Quem já está operando em caráter experimental é a Eletrobras, que instalou em teste máquinas ASIC de mineração integradas a turbinas eólicas, painéis solares e baterias como parte de um piloto. 

“Queremos entender como essa indústria funciona”, disse o vice-presidente de inovação da empresa, Juliano Dantas.

O crescente interesse ocorre em meio ao reconhecimento do problema de energia limpa ociosa: segundo dados divulgados, usinas com produção renovável vêm sofrendo prejuízo de quase US$ 1 bilhão nos últimos dois anos por não conseguir escoar toda a capacidade gerada.

Apesar do otimismo, há desafios sérios: carência regulatória específica para mineração de criptomoedas, infraestrutura de transmissão insuficiente e preocupações ambientais em regiões com escassez de água, especialmente pelo uso de recursos hídricos para refrigeração dos equipamentos.

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