Méliuz anuncia recompra de até 10% de suas ações para reforçar estratégia em Bitcoin

A fintech brasileira Méliuz aprovou um programa de recompra de ações que autoriza a aquisição de até 9.131.725 papéis ordinários, cerca de 10% do total em circulação, ao longo de 18 meses. A iniciativa faz parte de sua estratégia de maximização de valor para acionistas e de fortalecimento do modelo como Bitcoin Treasury Company.
No último balanço divulgado, a empresa informou que possui 604,69 bitcoins, equivalentes a aproximadamente R$ 397,3 milhões, além de R$ 71,5 milhões em caixa. Somados, seus ativos líquidos somam cerca de R$ 468,8 milhões.
O programa de recompra foi justificado como uma medida para “maximizar a geração de valor para o acionista por meio de uma administração eficiente da alocação de capital”, e tem como efeito esperado elevar o número de bitcoin por ação em caso de cancelamento das ações recompradas.
A execução das compras poderá ocorrer em bolsa (B3) ou por meio de contratos derivativos referenciados em ações da empresa, mediante conveniência da administração. Também foi informado que o programa “não acarretará qualquer prejuízo ao cumprimento das obrigações assumidas junto a credores, tampouco comprometerá o resultado financeiro da Companhia.”
Com essa decisão, a Méliuz reforça sua posição entre as empresas pioneiras no Brasil que adotam o modelo de tesouraria baseada em Bitcoin. Em junho deste ano, a fintech captou R$ 180,08 milhões em oferta subsequente (follow-on) com o propósito explícito de adquirir mais bitcoins.