Vencedora do Nobel da Paz defende Bitcoin como ferramenta de resistência na Venezuela
María Corina Machado, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025, foi reconhecida pelo seu trabalho em prol dos direitos democráticos na Venezuela e pela luta para a transição pacífica da ditadura de Nicolás Maduro. Durante sua campanha, a política venezuelana destacou o papel do Bitcoin como instrumento econômico para proteger cidadãos e apoiar sua luta política.
Machado afirmou que o criptoativo ajudou muitos venezuelanos durante a hiperinflação:
“Alguns venezuelanos encontraram um meio de sobrevivência no Bitcoin durante a hiperinflação, usando-o para proteger sua riqueza e financiar sua fuga. Hoje, o Bitcoin contorna as taxas de câmbio impostas pelo governo e, assim, ajuda muitos de nossos cidadãos. Ele evoluiu de uma ferramenta humanitária para um meio vital de resistência.”
A política denunciou ainda abusos do governo na esfera financeira:
“Nossa campanha atualmente opera sem acesso bancário, isolada, mas resoluta em sua luta por mudança.”
Ela criticou a destruição do sistema financeiro e anunciou planos para reconstrução:
“Somos gratos pela salvação que o Bitcoin oferece e esperamos adotá-lo em uma nova Venezuela democrática. Enxergamos o Bitcoin como parte de nossas reservas nacionais, ajudando a reconstruir o que a ditadura destruiu.”
Machado também destacou as vantagens do Bitcoin frente aos bloqueios bancários e controles cambiais do regime:
“Ao contrário das transferências bancárias, que o regime costuma bloquear, as doações em Bitcoin não podem ser confiscadas.”
Para ela, o criptoativo é uma ferramenta de segurança financeira e de mobilização política:
“Usemos essa tecnologia para promover a mudança que a Venezuela desesperadamente precisa. Todos os fundos que decidirem contribuir apoiarão nossos esforços por uma transição pacífica e pelo reconhecimento de nossa vitória.”
O reconhecimento com o Nobel da Paz coloca o debate sobre Bitcoin e direitos humanos no centro da agenda internacional, mostrando que a criptomoeda, além de ferramenta econômica, pode ter papel simbólico e estratégico em contextos de opressão política.
