PF deflagra “Operação Worms 2” contra fraudes bancárias que usavam criptoativos e apostas online

A Polícia Federal desencadeou nesta quinta-feira, 13 de novembro, a operação “Worms 2, Não Seja um Laranja”, voltada para desarticular uma organização criminosa acusada de fraudes bancárias, estelionato majorado, furto qualificado e lavagem de dinheiro envolvendo a Caixa Econômica Federal e outras instituições financeiras. A ação ocorreu em Vitória da Conquista e Salvador, na Bahia.
Foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, 23 medidas cautelares diversas da prisão e uma prisão preventiva. Segundo a PF, relatórios de inteligência financeira apontam movimentações superiores a R$ 6,9 milhões entre 2023 e 2024, com projeção de ultrapassar R$ 20,9 milhões em cinco anos.
Uma característica marcante desta operação é a utilização de “laranjas”, contas de terceiros para dissimular valores ilícitos, além da migração dos recursos para plataformas de apostas online e criptoativos. Essa estratégia aumentou a complexidade investigativa e exemplifica a interseção entre fraudes bancárias e o universo das criptomoedas.
A investigação integra a Força‑Tarefa Tentáculos, que reúne a PF, instituições bancárias e financeiras na atuação contra fraudes eletrônicas. A nota oficial da PF destaca que “emprestar ou ceder contas bancárias para movimentação de valores ilícitos é crime e contribui para o financiamento de organizações criminosas”.
Além dos mandados, a Justiça federal determinou o bloqueio preventivo de contas bancárias e ativos financeiros dos investigados, medida que visa dificultar a continuidade das operações e fragilizar o grupo. Os crimes apurados incluem associação criminosa, furto qualificado, estelionato majorado e lavagem de dinheiro, infrações cujas penas combinadas podem superar 30 anos de prisão.







