Deutsche Bank: Bitcoin deve integrar reservas de bancos centrais ao lado do ouro até 2030
O Deutsche Bank prevê que o Bitcoin poderá se tornar um ativo complementar ao ouro nas reservas dos bancos centrais até 2030, oferecendo uma alternativa estratégica para diversificação. O banco alemão destacou que, apesar de não substituir o dólar como principal moeda de reserva, o Bitcoin tem características que o tornam atraente para portfólios institucionais.
“Bitcoin e ouro são diversificações complementares para os portfólios dos bancos centrais”, afirmou o Deutsche Bank.
“Como já enfatizamos, Bitcoin e ouro são considerados alternativas complementares às reservas tradicionais de refúgio seguro devido a sua baixa correlação com outras classes de ativos, oferta relativamente escassa e uso como proteção contra a inflação e a volatilidade geopolítica.”
O estudo do banco observa que o Bitcoin possui apenas 8% de correlação com o ouro desde 2011, o que o torna útil para diversificação, enquanto o ouro mantém forte relação com títulos do Tesouro de 10 e 2 anos. O Deutsche Bank ressalta que a volatilidade do Bitcoin deve continuar diminuindo à medida que sua adoção cresce, seguindo trajetória similar à do ouro.
“A história parece estar se repetindo. Assim como o Bitcoin, o ouro já foi alvo de ceticismo, desconfiança e especulação sobre a demanda”, concluiu a instituição.
“Assim como o Bitcoin, o ouro passou por episódios periódicos de volatilidade; seu desempenho muitas vezes foi marcado pelas menores mudanças na percepção pública.”
O banco projeta que, com avanços regulatórios e condições macroeconômicas favoráveis, o Bitcoin será cada vez mais aceito como reserva de valor. “Acreditamos que a adoção do Bitcoin continuará, à medida que o tempo permita que o público abrace cada vez mais o Bitcoin como uma reserva de valor”, complementa o estudo.
Essa análise reforça a visão de que o Bitcoin, embora ainda emergente, começa a consolidar sua posição como ativo estratégico no sistema financeiro global, coexistindo com o ouro e servindo de proteção contra riscos geopolíticos e inflacionários.
