Gigante estreia na Nasdaq com 43 mil bitcoins

A Twenty One Capital estreou na Bolsa de Valores de Nova York sob o ticker XXI, posicionando-se imediatamente como uma das maiores tesourarias corporativas de Bitcoin do mundo. A empresa é formada por Tether, Bitfinex e SoftBank, com apoio institucional da Cantor Fitzgerald, o que a coloca entre os projetos mais robustos do setor em termos de capital, governança e estrutura financeira.
De acordo com dados do Bitcoin Treasuries, a XXI inicia sua negociação pública com 43.514 BTC sob custódia, ocupando o terceiro lugar no ranking global. Acima dela estão apenas a Strategy, com 660.624 BTC, e a mineradora Marathon Digital, que detém 53.250 BTC. Apesar do peso da reserva, as ações da Twenty One registraram queda de 24,3% no primeiro dia de negociação.
A composição societária da empresa indica um posicionamento diferente de outras tesourarias que surgiram em ciclos anteriores. Tether, emissora da maior stablecoin do mercado, e Bitfinex, exchange fundada em 2012, respondem pelo núcleo cripto do projeto sob o controle da iFinex. Já o SoftBank adiciona relevância no mercado tradicional, com trilhões em ativos sob gestão, enquanto a Cantor Fitzgerald fornece suporte institucional e influência regulatória.
A liderança ficará a cargo de Jack Mallers, figura conhecida no ecossistema Bitcoin e com histórico ligado à tradição financeira norte-americana. Seu avô, William Mallers, presidiu a Chicago Board of Trade nos anos 1960, período em que ajudou a consolidar o padrão de mercado de derivativos nos Estados Unidos. A escolha reforça a intenção da XXI de unir infraestrutura financeira clássica com política monetária baseada em Bitcoin.
Embora detenha apenas cerca de 6,5% das reservas da Strategy, já existe a percepção de que a Twenty One pode se tornar a primeira concorrente capaz de disputar protagonismo com Michael Saylor no campo de tesouraria corporativa de BTC. O posicionamento oficial da empresa sustenta essa ambição ao definir o Bitcoin como alternativa direta a um sistema financeiro baseado em expansão de dívida e emissão ilimitada de moeda fiduciária.







