Polícia Federal prende hackers brasileiros e confisca criptomoedas

A Polícia Federal prendeu integrantes de uma organização criminosa responsável por ataques cibernéticos contra empresas, cidadãos e órgãos públicos durante a Operação Lauandi, realizada na terça-feira (2). A Justiça Federal também autorizou a apreensão de criptomoedas e outros bens ligados ao grupo.
A ação é um desdobramento da Operação Apateones, deflagrada em 2023 em Campinas (SP), que investigava fraudes no auxílio emergencial. Naquela ocasião, o líder do grupo e sua esposa foram presos em flagrante por organização criminosa e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Na nova fase, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, principalmente em cidades de São Paulo, como Sorocaba, Votorantim, Ibiúna, Paulínia, Marília e Peruíbe, além de Imperatriz (MA).
Segundo a PF, a organização era especializada em fraudes cibernéticas, falsificação de documentos, estelionato e lavagem de dinheiro. O esquema contava com apoio de um contador para movimentar recursos ilícitos por meio de empresas de fachada, dificultando o rastreamento pelas autoridades.
As investigações apontam que os criminosos obtiveram altos ganhos com golpes contra o Estado, empresas e particulares, além da venda de dados pessoais. Os valores eram pulverizados em contas de terceiros e movimentados no sistema bancário por meio de companhias fictícias.
Durante a operação, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, celulares, documentos, veículos, dinheiro em espécie, cartões bancários em nome de terceiros e materiais usados em falsificações. Também houve bloqueio de contas, sequestro de bens e custódia de criptoativos.
Os investigados podem responder por falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, estelionato e organização criminosa. As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.