Os governos em todo mundo estão encurralados em uma espiral de dívidas e inflação. As consequências de pelo menos 1 século de irresponsabilidades fiscais e enfraquecimento da moeda estão agora chegando a seu limite.
Após o fim da primeira guerra mundial, boa parte dos países já haviam rompido com o lastro fixo do ouro, como forma para financiar os gastos com a guerra.
Ao fim da Segunda Grande Guerra, os 44 países que faziam parte das Nações Aliadas, estabeleceram o acordo de Bretton Woods, que firmou o dólar americano como a moeda de comércio mundial. Isso ocorreu pois naquela época, a moeda dos Estados Unidos era a única que supostamente ainda mantinha a sua paridade com o metal precioso.
De maneira geral, a moeda de reserva mundial era ainda o ouro, pois era o valor do metal que suportava o valor do dólar americano. A paridade na época era de US$35 a onça, que podiam ser convertidos entre os países. A conversão para indivíduos havia sido cancelada décadas antes.
O fim do Padrão Ouro
O presidente Nixon foi o responsável por romper unilateralmente o Acordo de Bretton Woods, eliminando a paridade do dólar americano com o metal precioso. Isso ocorreu após uma série de desconfianças de que o governo estava emitindo mais moeda do que as suas reservas justificavam.
Governos encurralados
Após quase 50 anos sob o sistema fiduciário, as economias globais e os estados nacionais estão prestes a enfrentar as consequências de décadas de falta de austeridade fiscal. O mundo passa hoje por:
- Dívidas ultrapassando 100% do PIB
- Juros artificiais historicamente baixos.
- Muita liquidez monetária já provocando inflação
Neste cenário, aumentar as taxas de juros para diminuir a inflação vai tornar impossível a maioria dos estados arcar com os custos da máquina pública, que possui uma enorme resistência para diminuir de tamanho.
Caso eles mantenham as suas políticas extraordinárias, veremos inevitavelmente uma inflação mais alta, além também uma maior dificuldade dos governos de se financiarem, rolando as dívidas para as futuras gerações.
Este cenário parece só mais um ano corriqueiro em qualquer país de terceiro mundo, como Brasil, Argentina ou Venezuela. Mas a questão aqui é que isso está ocorrendo em escala global, dos EUA à China, em todas as moedas, incluindo o dólar americano.
Isto não seria um problema para os governos no passado, mas agora é. Agora os indivíduos podem se proteger com o Bitcoin, uma forte alternativa líquida ao dinheiro.