Brasil zera imposto sobre importação de mineradoras de Bitcoin (BTC)
O Governo Federal do Brasil publicou uma resolução que zera o imposto sobre a importação de equipamentos para a mineração de Bitcoin (BTC). A medida foi decidida pela Câmara de Comércio Exterior (Gecex) do Ministério da Economia e publicada no Diário Oficial da União.
O documento especifica que a isenção se aplica somente a máquinas que trabalhem com o algoritmo de criptografia SHA 256, que é o mesmo utilizado na mineração de Bitcoin (BTC).
“Servidores dedicados à mineração de criptomoedas de algoritmo SHA256, com eficiência energética medida a 25 graus Celsius igual ou menor 32 J/TH (joules/terahash).”
Mineração no Brasil
Atualmente, não existem operações em larga escala de mineração de Bitcoin (BTC) no Brasil. Por conta dos altos impostos sobre importação de equipamentos, eletricidade cara e clima quente, a atividade nunca foi muito explorada no país.
Apesar da eletricidade ainda cara para o varejo, é importante destacar que a mineração de Bitcoin está cada vez mais se estabelecendo por meio de energias que seriam desperdiçadas ou jogadas fora.
Dessa forma, o incentivo para a importação de equipamentos pode atrair produtoras de eletricidade para a atividade como forma para aproveitar todo o seu potencial energético.
Outro ponto de destaque é que a maior parte da energia elétrica do país é fornecida por usinas hidrelétricas, que é uma energia renovável e com baixo impacto ambiental. Em certos mercados, bitcoins minerados com energia verde possuem um prêmio, o que deve incentivar ainda mais a atividade.
Raymond Nasser, minerador brasileiro e CEO da Arthur Mining, comentou que cerca de R$ 58 bilhões em energia elétrica são desperdiçados anualmente por parte das produtoras de energia.
“Energia elétrica é ainda muito cara no Brasil, porém há uma perda de energia enorme, resultando em mais ou menos 58 bilhões de reais por ano por parte das geradoras. Parte disso poderia minerar Bitcoin para aumentar a receita”
Segundo o minerador:
“Esse movimento deve incentivar novas empresas a entrar na indústria, mas por possuir barreiras de mercado significativas e uma grande curva de aprendizado, entendemos que o caminho está mais para a consolidação do setor”.
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