Ouro passa pela pior queda desde 2013 e Bitcoin se recupera

O mercado de metais preciosos viveu um dia de fortes perdas nesta terça-feira (21). O ouro recuou cerca de 6,3%, chegando a ser negociado próximo de US$ 4.080 por onça-troy, depois de atingir o recorde de US$ 4.381 na semana passada. Segundo o Financial Times, trata-se da maior queda diária desde 2013, reflexo do fortalecimento do dólar e de investidores realizando lucros após meses de valorização.

A prata também acompanhou o movimento, com baixa superior a 8% nas últimas 24 horas, após acumular ganhos de quase 90% em 2025. Analistas da MarketWatch avaliam que o ajuste pode indicar uma pausa no rali que vinha impulsionando os metais, enquanto parte do mercado busca refúgio em ativos de maior liquidez.

Na direção oposta, o Bitcoin registrou valorização de cerca de 2% no mesmo período, ultrapassando a marca de US$ 114 mil. O movimento reforçou a disparidade entre a criptomoeda e os metais preciosos, tradicionalmente vistos como reservas de valor. Investidores pró-Bitcoin aproveitaram a ocasião para ironizar defensores do ouro nas redes sociais.

Um dos nomes mais conhecidos entre os “gold bugs”, o economista Peter Schiff comentou a volatilidade do metal. 

“O ouro agora caiu mais de US$ 200. Uma grande oscilação, mas toda essa volatilidade está ocorrendo com o ouro ainda acima de US$ 4.100, que foi uma alta recorde na semana passada”, afirmou. 

Em outra publicação, ele reforçou sua visão contrária ao mercado cripto: “Bitcoin está agora 32% abaixo, quando precificado em ouro, desde a máxima de agosto. Essa queda será brutal. Vendam o ouro falso e comprem o verdadeiro”.

As declarações de Schiff, porém, geraram reações imediatas. Usuários de redes como o X zombaram do analista, dizendo que “a bolha do ouro estourou” e questionando como uma reserva de valor poderia “despencar 5% em um único dia”. Os comentários lembram provocações semelhantes feitas por críticos do Bitcoin em períodos de queda da criptomoeda.