Chinesa é condenada a 11 anos de prisão no Reino Unido em caso envolvendo 61 mil bitcoins

A chinesa Zhimin Qian, conhecida como “Rainha das Criptomoedas da China”, foi condenada nesta terça-feira (11) a 11 anos e oito meses de prisão no Reino Unido por lavagem de dinheiro e posse de criptomoedas obtidas ilegalmente. O caso envolve mais de 61 mil bitcoins, avaliados em cerca de US$ 6,3 bilhões (R$ 33,6 bilhões), e é considerado a maior apreensão de ativos digitais já registrada no país, segundo o Ministério Público da Coroa (CPS).
Qian fugiu da China após aplicar um esquema de investimentos fraudulentos entre 2014 e 2017, que vitimou cerca de 128 mil pessoas e gerou prejuízo estimado em £ 600 milhões (R$ 4,2 bilhões). Parte desses valores, cerca de £ 20,2 milhões, foi posteriormente convertida em Bitcoin. Durante anos, ela viveu escondida em Londres até ser descoberta ao tentar comprar uma mansão de £ 25 milhões utilizando uma intermediária.
Uma das cúmplices, Jian Wen, já havia sido condenada anteriormente por atuar como “laranja” na compra de propriedades e bens de alto valor. Outra envolvida, Senghok Ling, recebeu pena de quase cinco anos de prisão por transferir milhões de libras ligadas à rede criminosa. As investigações também resultaram na apreensão de ouro, dinheiro vivo e outros bens de luxo encontrados nas residências das acusadas.
Confira abaixo o vídeo do momento em que a operação foi realizada:







