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MP do Rio cria núcleo para rastrear e bloquear criptomoedas ligadas ao crime organizado

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) instituiu o Núcleo de Investigação e Rastreio de Ativos Virtuais (NIRAV) em resolução publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (6 de novembro) para intensificar ações contra o crime organizado que opera com criptomoedas.

Conforme o texto da resolução (GPGJ nº 2.755/2025), o NIRAV será subordinado à Coordenadoria de Inteligência da Investigação (CI2/MPRJ) e terá atribuição específica para “bloqueio rápido de criptomoedas”, conforme reportagem de acompanhamento das operações patrimoniais.

O documento também estabelece que “as corretoras de criptomoedas brasileiras e internacionais que atuam no país devem colaborar com o NIRAV”, abrindo caminho para cooperação formal entre o MPRJ e exchanges que atuam no Brasil.

Este avanço reforça um movimento do MPRJ: em setembro foi criada a CyberGAECO para investigar crimes cibernéticos, inclusive em âmbito de criptoativos. Agora, a nova unidade se foca de forma mais direta em rastreio e bloqueio de ativos virtuais.

Na prática, o NIRAV representa uma ferramenta inédita de persecução patrimonial voltada para o universo das criptomoedas no Estado do Rio, com objetivo de transformar ativos digitais em instrumentos visados pela justiça penal e civil.

Com a assinatura do Procurador-Geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, para o biênio 2025-2027, o MPRJ definiu que a estrutura deverá atuar de modo integrado com promotorias especializadas, inteligência institucional, e empresas de rastreio de criptoativos, como havia sido anunciado em agosto.

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