Há alguns dias, o mercado de criptoativos passou por forte volatilidade, mantendo sua correlação com os mercados acionários, em especial com as bolsas de tecnologia. O preço do bitcoin retrocedeu para região dos US$ 30 mil, movimento que provocou o colapso da stablecoin sintética Terra USD (UST).
Devido a ser uma stablecoin sintética lastreada em bitcoin, o colapso no preço do BTC fez com que a UST perdesse a sua paridade com o dólar. Por sua vez, os incentivos econômicos protocolo Terra fizeram com que quantidades absurdas de tokens fossem gerados para tentar manter a indexação, o que fez a Terra cair 99.9%.
Há pouco mais de 1 mês, Renato Amoedo, autor do livro Bitcoin Red Pill –disponível gratuitamente no Kindle–, previu os riscos desse mercado, além de afirmar que este serviço seria prestado de forma muito mais segura e confiável de maneira centralizada.
“Tem uma criptomoeda chamada Terra Luna que está pagando 20% ao ano em dólar. Não sei se o senhor já ouviu falar, UST. Eles estão subsidiando mesmo, estão queimando dinheiro. Muita gente mamando esses 20% em dólar e na hora que diminuir vai cair fora.
Mas esse é um exemplo. Inclusive eles colateralizam isso em bitcoin. A UST, o DAI do maker DAO, eles são exemplos de sintéticos. A Terra LUNA eu nunca compraria. Mas, por exemplo, ela gera sintéticos de diversas moedas…
Eu acredito que ela vai passar o Ethereum […] Quando essa moeda passar o Ethereum eu vou fazer meu short. […]” – Afirmou Renato Amoedo no canal do Fausto Botelho por volta do minuto 12.
Em seguida, Renato destacou que uma plataforma centralizada seria uma maneira muito mais confiável para a emissão de ativos sintéticos lastreados em Bitcoin. Certamente, obrigações jurídicas e as vantagens de redução de custos e melhoria de experiência de usuário fornecem uma melhor solução para este tipo de demanda.
“O que a Terra Luna faz uma plataforma centralizada faria 10x mais seguro, 10x mais rápido, 10x mais barato e 10x melhor. Porque o cara que está recebendo dinheiro ia passar a ter a obrigação de te dar um suporte, um suporte ao cliente, fazer uma user experience superior. “
“Tudo isso vai ser feito muito melhor centralizado, isso são experiências, são provas de trabalho.”
Um grande exemplo de que soluções centralizadas são superiores para uma série de casos de uso, é o próprio Tether, que é emitido e garantido por uma instituição centralizada, a Tether Limited.
Em caso de falência, fraude, roubo e demais problemas associados, existirá alguém para ser responsabilizado e punido, o que tende a alinhar os incentivos da operação e as motivações. Como destaca Renato Amoedo, a tecnologia blockchain só servirá para os casos mais nobres de uso.
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