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Criador do Ethereum diz que quer tornar a rede mais parecida com o Bitcoin (BTC)

Vitalik Buterin, russo-canadense criador da rede Ethereum, surpreendeu “gregos e troianos” –entusiastas do Bitcoin (BTC) e do ETH–, ao realizar uma thread em seu Twitter sobre as contradições da sua criação com os seus pensamentos.

Vitalik destacou ainda que gostaria que o Ethereum se tornasse mais parecido com o Bitcoin, ressaltando o nível de estabilidade do projeto e o nível de centralização da maioria das aplicações da rede ETH.

Confira os comentários do programador:

“Tópico: algumas contradições ainda abertas em meus pensamentos e meus valores, que tenho pensado, mas ainda não sinto que tenha resolvido totalmente.”

“Contradição entre meu desejo de ver o Ethereum se tornar um sistema mais parecido com o Bitcoin, enfatizando estabilidade de longo prazo, inclusive culturalmente, e minha percepção de que chegar lá requer muita mudança ativa e coordenada de curto prazo.”

Como destaca Buterin, a maioria das aplicações da rede Ethereum dependem de soluções que são por definição centralizadas, o que desfaz os esforços para a criação de uma blockchain sólida e sem a necessidade de confiança em terceiros.

“Contradição entre meu desejo de ver o Ethereum se tornar um L1 que pode sobreviver a circunstâncias verdadeiramente extremas e minha percepção de que muitos aplicativos importantes no Ethereum já dependem de suposições de segurança muito mais frágeis do que qualquer coisa que consideramos aceitável no design do protocolo Ethereum.”

Outro ponto destacado pelo desenvolvedor é a sua antipatia com muitas utilidades pouco práticas (ou completamente inúteis) de serviços que são utilizados atualmente na rede, como muitos NFTs e certas aplicações do protocolo.

“Contradição entre minha antipatia por muitos “aplicativos” financeiros modernos de blockchain (macacos de US$ 3 milhões, etc.), experimentos.”

Vitalik Buterin, que é cofundador da Bitcoin Magazine, já foi um desenvolvedor do Bitcoin no passado, e se desvinculou do projeto para criar o Ethereum. O projeto de Vitalik tinha como objetivo trazer maior complexidade para contratos inteligentes e habilitar que outras aplicações sejam executadas em uma rede blockchain.

Mas apesar das inúmeras promessas, como a ideia de que o Ethereum seria o “computador do mundo”, uma série de controvérsias –como hacks em smart contracts, reversão de blocos, falta de regras claras no protocolo, altas taxas de transação e centralização de moedas e do desenvolvimento–, estão colocando em prova a real viabilidade do projeto.

Como destaca Renato Amoedo –autor do livro Bitcoin Red Pill–, “o Ethereum possui uma política monetária mais esculhambada do que o Brasil, que é um país de terceiro mundo.”

Enquanto isso, o Bitcoin (BTC) segue emitindo blocos a cada 10 minutos e vem se estabelecendo como um dinheiro nativo da internet.

João Souza

Chefe de conteúdo, analista de SEO e empreendedor. [email protected]

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