Entenda como o real brasileiro e as moedas dos governos estão piorando a sua alimentação e qualidade de vida.
Nos últimos 2 anos, o Brasil e governos ao redor do mundo começaram a aumentar a base monetária de suas moedas imprimindo dinheiro em taxas alarmantes, um fenômeno coordenado que não é visto desde a Segunda Grande Guerra.
Este movimento ocorreu principalmente para arcar com os custos elevados das máquinas públicas já endividadas e deficitárias há décadas, bem como para financiar os experimentos econômicos e sociais durante a pandemia.
Agora, os efeitos negativos da impressão de dinheiro começam a aparecer em larga escala, e a maioria dos países já estão com taxas de inflação que não são observadas há décadas, como os EUA, que registraram a maior inflação dos últimos 40 anos recentemente.
Piora na alimentação
A diluição da moeda tende a provocar efeitos devastadores em uma economia e sociedade. Um desses efeitos é a piora da qualidade dos produtos, bens e serviços, efeito que é conhecido como reduflação.
Ao imprimir dinheiro ou expandir o crédito, o governo transfere riqueza da população para si sem a necessidade de cobrar impostos adicionais. Este processo torna a sociedade de maneira geral mais pobre, enquanto enriquece aqueles que estão próximos ao emissor da moeda.
O efeito da reduflação já está sendo observado de maneira severa nos alimentos, que não só explodiram de preço, como também pioraram de qualidade. Muitos relatos inundaram as redes sociais nas últimas semanas sobre a perda de qualidade em vários produtos do dia a dia.
Isto ocorre pois, obrigados pela perda de poder de compra e pelo aumento no preço dos insumos, os produtores reduzem a qualidade dos alimentos para não ter que reajustar os preços.
A consequência óbvia deste cenário é que a inflação medida pelos índices do governo, como IPC e IPCA, não representam de nenhuma forma a perda real da inflação, que tem consequências muito mais graves e prolongadas na sociedade.
Retorno a um dinheiro forte
A tendência natural de uma sociedade em crescimento e com uma moeda forte, é a diminuição sistemática dos preços ao longo do tempo. Esse crescimento da produtividade também é consumido pelo governo e seu dinheiro fiduciário.
A solução para este cenário é a volta da adoção de um dinheiro forte, cuja base monetária não possa ser inflada ou manipulada por indivíduos, empresas e governos. Durante muitos anos, o ouro e a prata serviram como reservas de valor soberanas e eram utilizadas como moeda ou ativos de reserva.
Após uma longa repressão, fraudes e uma série de episódios lamentáveis na história da política monetária, os Estados Unidos e o restante do mundo romperam o Padrão Ouro em 1971, não sendo mais o dólar lastreado no metal precioso.
Uma alternativa em construção para o dinheiro do governo é certamente o bitcoin, que se alcançou nos últimos anos a expressiva marca de US$ 1 trilhão em capitalização, cerca de 10% do valor do ouro.