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Adam Back: Conheça um dos pais do desenvolvimento do Bitcoin (BTC)

Adam Back é um dos pioneiros do mundo do Bitcoin e um renomado criptógrafo e cypherpunk. Ele é o CEO da Blockstream, uma empresa líder em tecnologia blockchain, e o inventor do Hashcash, um sistema de Prova de Trabalho que inspirou o processo de mineração do Bitcoin.

Neste texto, vamos conhecer um pouco mais sobre a sua biografia e o seu impacto no Bitcoin e no ecossistema das moedas digitais.

Adam Back nasceu em Londres, na Inglaterra, em julho de 1970. Seu primeiro computador foi um Sinclair ZX81, que ele usou para aprender a programar em Basic e para hackear jogos, encontrando chaves de criptografia em pacotes de software.

Ele completou seus estudos avançados em matemática, física e economia, e obteve seu doutorado em ciência da computação pela Universidade de Exeter. Durante seu doutorado, ele trabalhou com compiladores para fazer uso de computadores paralelos de forma semi-automática. Ele se interessou por criptografia, dinheiro eletrônico e remailers, e passou dois terços do seu tempo trabalhando com criptografia.

Depois de se formar, ele atuou como consultor em startups e empresas maiores em criptografia aplicada, escrevendo bibliotecas criptográficas, projetando, revisando e quebrando protocolos criptográficos.

Back é um dos pioneiros da pesquisa em ativos digitais, juntamente com Wei Dai, David Chaum e Hal Finney. Em 1997, ele inventou o Hashcash, um sistema de PoW que consiste em gerar um valor que satisfaça certas condições de dificuldade computacional.

O Hashcash foi inicialmente usado para combater o spam de e-mail e os ataques de negação de serviço distribuído (DDoS), mas posteriormente foi adotado pelo Bitcoin e outras criptomoedas como parte de seus algoritmos de mineração. O Hashcash é considerado uma das principais inspirações para o Bitcoin, pois permite a criação de um consenso descentralizado baseado na prova de trabalho.

Back foi uma das primeiras duas pessoas a receber um e-mail de Satoshi Nakamoto, o criador anônimo do Bitcoin. Em 2016, o Financial Times citou Back como um potencial candidato a Nakamoto, junto com Nick Szabo e Hal Finney.

Craig Wright, que alega ser o criador do Bitcoin, processou Back por afirmar que Wright não era Nakamoto, mas depois desistiu do processo. Back negou as especulações e opinou que a verdadeira identidade do fundador do Bitcoin é melhor mantida oculta do público.

Adam Back e a Blockstream

Em 2014, Back co-fundou a Blockstream, uma empresa dedicada ao desenvolvimento de tecnologias blockchain e soluções para o Bitcoin. Em 2016, ele se tornou o CEO da Blockstream, depois de ocupar os cargos de presidente e COO.

Sob sua liderança, a Blockstream introduziu produtos como a Liquid sidechain, uma rede paralela ao Bitcoin que permite transações mais rápidas e confidenciais; os Blockstream Mining Notes, títulos que representam uma participação na mineração de Bitcoin; a carteira de hardware Jade, que permite armazenar e transacionar Bitcoin e Liquid de uma forma segura e conveniente; e o Blockstream Satellite, um serviço que transmite o blockchain do Bitcoin via satélite, permitindo que as pessoas acessem a rede sem a necessidade de uma conexão à internet.

Back também é um dos principais contribuidores do Bitcoin Core, o software que implementa o protocolo do Bitcoin. Ele é o autor e co-autor de várias propostas de melhoria do Bitcoin (BIPs), como a BIP 65, que permite criar transações com tempo de bloqueio; a BIP 141 (Segregated Witness), que aumenta a capacidade; e a BIP 300 (Drivechains), que permite criar cadeias laterais interoperáveis com o Bitcoin.

Ele também é um defensor da escalabilidade do Bitcoin por meio de soluções de segunda camada, como a Lightning Network, que permite transações instantâneas e de baixo custo.

Adam Back e os blocos do Bitcoin

Adam Back é um dos principais defensores da manutenção dos pequenos blocos do Bitcoin, ou seja, do limite de 1 megabyte (MB) por bloco que foi estabelecido em 2010 por Satoshi Nakamoto. Ele acredita que os pequenos blocos são essenciais para preservar a descentralização, a segurança e a resistência à censura da rede Bitcoin. Ele também argumenta que os pequenos blocos incentivam a inovação e a adoção de soluções de segunda camada, como a Lightning Network, que permitem transações mais rápidas, baratas e privadas sem comprometer a camada base do Bitcoin.

Back se opôs fortemente às tentativas de aumentar o tamanho dos blocos do Bitcoin por meio de hard forks, como o Bitcoin XT, o Bitcoin Classic e o Bitcoin Cash. Ele considera esses projetos como ataques à rede Bitcoin, que visam centralizar o poder nas mãos de alguns mineradores e desenvolvedores. Back também critica esses projetos por violarem o consenso da comunidade e por não respeitarem a visão original de Satoshi Nakamoto. Ele defende que o tamanho dos blocos do Bitcoin só deve ser alterado se houver um amplo acordo entre todos os participantes da rede, e que qualquer mudança deve ser feita com cuidado e responsabilidade.

Back reconhece que o tamanho dos blocos do Bitcoin pode ser aumentado no médio prazo, se houver uma demanda real e uma justificativa técnica para isso. Ele afirma que não é contra o aumento dos blocos em si, mas sim contra a forma como alguns grupos tentaram impor essa mudança sem considerar as consequências negativas para a rede. Ele sugere que um aumento moderado e gradual dos blocos pode ser possível no futuro, desde que seja acompanhado de outras melhorias no protocolo, como a Schnorr signatures e o Taproot, que otimizam o uso do espaço nos blocos.

Em resumo, Adam Back é um dos principais defensores dos pequenos blocos do Bitcoin, pois ele considera que eles são fundamentais para garantir as propriedades únicas e valiosas da criptomoeda. Ele também é um dos maiores inovadores e líderes da comunidade Bitcoin, contribuindo com o desenvolvimento do protocolo e das soluções de segunda camada. Ele se opõe aos hard forks que tentam aumentar os blocos sem consenso e sem cuidado, mas admite que um aumento moderado e gradual pode ser possível no médio prazo, se houver uma necessidade real e uma justificativa técnica para isso.

Back é considerado um dos líderes da comunidade Bitcoin e um dos maiores especialistas em criptografia e blockchain. Ele participa de vários eventos, conferências, podcasts e entrevistas sobre o tema, compartilhando sua visão e conhecimento.

Ele também é ativo nas redes sociais, especialmente no Twitter, onde ele tem mais de 600 mil seguidores. Ele usa sua plataforma para educar as pessoas sobre o Bitcoin, debater ideias e apoiar iniciativas que promovem a inovação e a liberdade financeira.

Adam Back é, sem dúvida, uma das figuras mais influentes e respeitadas no mundo das criptomoedas. Sua trajetória como criptógrafo, inventor, empreendedor e ativista mostra seu compromisso com a criação de um sistema monetário mais justo, transparente e descentralizado.

Seu impacto no Bitcoin é imenso, tanto pelo seu trabalho técnico quanto pela sua liderança e visão. Ele é um exemplo de como a criatividade, a inteligência e a paixão podem transformar o mundo.

O economista brasileiro Fernando Ulrich realizou um entrevista com Adam Back em seu canal no Yotube. Confira o vídeo na íntegra:

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