Homem minera R$ 31 mil em criptomoedas em empresa é condenado a 3 anos

Um ex-engenheiro da empresa Digital River foi condenado nesta terça-feira (21) a três anos de liberdade condicional após se declarar culpado pelo uso indevido dos servidores em nuvem de seu antigo empregador para minerar criptomoedas.
Segundo o comunicado do Department of Justice, o homem acessou remotamente a conta da empresa na plataforma Amazon Web Services entre dezembro de 2020 e maio de 2021, sem autorização, e utilizou a infraestrutura para minerar Ethereum.
O prejuízo estimado para a Digital River foi de aproximadamente US$ 45.270 (cerca de R$ 230 mil, conforme câmbio recente), correspondentes aos custos de serviço em nuvem provocados pelo esquema. Já o valor da criptomoeda minerada pelo acusado, e posteriormente convertida ou destinada a uso pessoal, ultrapassou os US$ 5.800 (aproximadamente R$ 31 mil).
Durante a audiência, o advogado de defesa, William J. Mauzy, afirmou que seu cliente agiu “em um momento de extrema necessidade financeira e considerável sofrimento emocional”, enquanto cuidava de sua mãe doente, já falecida. Mauzy destacou que o réu não tentou ocultar a atividade e assumiu total responsabilidade.
Procuradores responsáveis pelo processo classificaram o caso como uma forma deliberada de “cryptojacking”, termo para o uso não autorizado de recursos computacionais de outrem para minerar criptomoedas.
A acusação enfatizou que as operações ocorreram majoritariamente entre 18h e 7h, em horários de menor supervisão da empresa.







