Nos últimos meses, a República Centro-Africana (CAR) se tornou o segundo país soberano do mundo a adotar o Bitcoin (BTC) como moeda legal, seguindo os passos de El Salvador. Faustin-Archange Touadéra, presidente do país, vem realizando uma série de comentários positivos sobre o Bitcoin desde então.
Após declarar que o bitcoin é um “dinheiro universal” devido às suas propriedades matemáticas, Touadéra afirmou que o criptoativo tem o potencial de trazer prosperidade a longo prazo para nações e indivíduos.
O presidente declarou em seu Twitter:
“A compreensão do #Bitcoin é crucial para reconhecer seu poder disruptivo para trazer prosperidade a longo prazo. A matemática não leva em conta as emoções humanas. As gerações futuras olharão para trás nestes momentos para nossa força e unidade na escolha do caminho certo durante tempos difíceis #BTC”.
Mais recentemente o país confirmou que pretende se tornar um hub regulatório para empresas da região, com o objetivo de atrair capital e investimentos para o país, que é um dos mais pobres do mundo.
Assim como El Salvador, o país planeja se integrar à Lighting Network, a rede de segunda camada do Bitcoin que permite pagamentos instantâneos e com baixo custo.
Não foi informado nenhuma compra de bitcoin por parte do governo africano. No entanto, caso o país siga no seu trajeto para adotar o criptoativo, esta certamente será uma das medidas tomadas.
O governo de El Salvador já realizou a compra de mais de 1600 bitcoins, e planeja alocar mais US$ 500 milhões no criptoativo através da emissão do Bitcoin Volcano Bond, que está programado para ser lançado ainda este ano.
O título será também utilizado para financiar a construção da Bitcoin City, cuja economia será focada no criptoativo.
A adoção do bitcoin por governos no último ano foi algo inusitado para a maior parte do mercado, que estava acostumado a associar o criptoativo principalmente a indivíduos e empresas.
Este movimento pode desbloquear centenas de bilhões em investimento no bitcoin, visto o volume de ativos custodiados e negociados por bancos centrais e governos.