Preço do Ethereum (ETH), O que é, gráfico, cotação, notícias

O ETH, token nativo da rede, é avaliado com uma capitalização multibilionária. Muitos argumentam que o Ethereum já é hoje a rede blockchain mais importante do mercado devido às várias aplicações e criptoativos que são executados dentro do protocolo, como a rede Oracle Chainlink (LINK) e a Exchange Descentralizada (DEX) Uniswap (UNI).

Como surgiu o Ethereum?

O Ethereum foi idealizado pelo jovem programador Vitalik Buterin. Vitalik conta que em 2010 ficou revoltado com uma decisão da Blizzard de remover arbitrariamente um recurso do seu personagem em um jogo.

Vitalik afirmou que percebeu neste momento como serviços centralizados podem ser prejudiciais e injustos e buscou a partir daí uma alternativa descentralizada:

“Eu jogava World of Warcraft feliz da vida entre 2007 e 2010, mas um dia a Blizzard removeu o componente de dano do meu amado feitiço de Sifão de Vida do Bruxo. Eu chorei até dormir, e naquele dia eu percebi os horrores que serviços centralizados podem trazer. Logo decidi abandonar [o jogo]”.

Foi aí que Vitalik conheceu o Bitcoin e passou a se interessar pela criptomoeda, que era uma novidade naquela época. Vitalik foi contratado para escrever artigos na Bitcoin Magazine, onde ela recebia 5 bitcoin por artigo. 

Na época, este valor em dólares era muito baixo. No entanto, com a crescente valorização do bitcoin, os ativos de Vitalik rapidamente se tornaram em uma verdadeira fortuna criptográfica.

Foi em 2013 que Vitalik começou a idealizar o que viria a se tornar o Ethereum ao lado dos desenvolvedores Gavin Wood, Charles Hoskinson, Anthony Di Iorio e Joseph Lubin. Em 2014 o Ethereum realizou um crowdfunding e a rede foi lançada oficialmente em 30 de julho de 2015.

Desde então, o Ethereum ganhou o mercado de criptomoedas, e é atualmente um dos projetos mais importantes do mundo. O próprio Vitalik afirmou que ficou impressionado com o potencial da sua invenção:

“Quando criei o Ethereum, meu primeiro pensamento foi: ‘Ok, isso é bom demais para ser verdade.’ Como se viu, a ideia central do Ethereum era boa – fundamentalmente, completamente sólida.”

Para que serve o Ethereum (ETH)?

O Ethereum foi idealizado como uma rede para se executar contratos inteligentes mais complexos que os existentes na rede Bitcoin. Estes smart contracts permitem a criação de aplicações descentralizadas, que podem substituir serviços que são tradicionalmente prestados por empresas.

Por exemplo, o Arcade City (anteriormente executado no Ethereum) é uma aplicação capaz de substituir o Uber, visto que cria uma ponte direta entre os motoristas de aplicativo e os usuários.

Esta descentralização traz uma série de vantagens, como maior resistência à censura, a regulamentações estatais e até mesmo redução de custos, visto que não há mais uma empresa intermediando a operação.

As exchanges descentralizadas, por sua vez, são capazes de substituir as bolsas tradicionais, visto que intermediam a troca de criptoativos entre os investidores. A maior DEX do mercado é a Uniswap (UNI), executada sobre o Ethereum.

Como funciona o Ethereum?

Grande parte do funcionamento do Ethereum é baseado no protocolo do Bitcoin. A rede era até setembro de 2022 a segunda maior baseada no mecanismo de Proof of Work (PoW). No entanto, o protocolo migrou para o algoritmo de Proof of Stake (PoS), que substitui os mineradores pelos stakers.

Os stakers são indivíduos ou empresas que bloqueiam tokens nativos com o objetivo de gerar incentivos econômicos para redes blockchain e para sua validação. Os stakers, assim como os mineradores, são recompensados pelas novas moedas geradas na rede, mais as taxas de transação pagas pelos usuários.

O Ethereum também possui uma linguagem de programação própria, a Solidity, que é utilizada para construir as aplicações na rede.

Diferente do Bitcoin, o Ethereum é uma rede que passou por uma série de grandes mudanças ao longo dos últimos anos. 

O ETH, token nativo do protocolo, é utilizado para pagar pelas taxas de utilização do serviço. Dessa forma, quanto mais a rede é utilizada, maior será também a demanda pelo ETH. A política monetária da rede é projetada para que o ETH seja um token deflacionário a partir da queima dos criptoativos. 

O Ethereum está se desenvolvendo como uma rede líder para uma série de aplicações e casos de uso. Quanto mais a rede se torna útil para diferentes casos e aplicativos, mais o token nativo deve se beneficiar no processo.